Colunistas - Vilma Damásio Tudo Melhorou
- Rogerio Araujo
- 23 de jan. de 2015
- 3 min de leitura
Sobre o tema Tudo Melhorou, Christian Bernard, FRC, Imperator da Ordem Rosacruz AMORC diz, na Revista O Rosacruz de Setembro de 2014, o seguinte: Tudo Melhorou! Tecnicamente. Os avanços da ciência e da medicina triunfaram sobre velhas doenças e adiaram a idade da morte. A eletricidade ilumina o mundo. O avião, o trem e o automóvel reduziram as distâncias. A agricultura produz mais. A informática acelerou as comunicações. Tudo vai, portanto, mais rápido, tem melhor desempenho e é mais confortável. Podemos então dizer que tudo melhorou nas sociedades modernas? Não, porque o homem não progride ou, então, progride pouco. Depois de sua misteriosa aparição, ele não cessou de se enriquecer de descobertas materiais que melhoraram, aparentemente, suas condições de existência. Ele se abriu à cultura, educou-se, observou, leu e escreveu. Mas, lamentavelmente, permaneceu um bárbaro.
Quanto tempo, quantas encarnações serão necessárias para realizar uma profunda tomada de consciência? O homem segue em marcha, apesar dele mesmo, nesta direção, mas o caminho é árduo! Para além das reflexões a que somos levados a fazer, há uma reação instintiva que nos obriga a olhar diretamente aquilo o que são capazes de fazer, em nossa época dita moderna, homens contra homens, mulheres e crianças. Os tempos atuais são particularmente violentos e essa violência nada tem a ver com a geografia ou a cultura. Ela está cruelmente ligada ao homem. Por certo, falar disso nada resolve, mas esquecer o assunto seria um erro de não - assistência à humanidade.
Naturalmente, devemos permanecer positivos, e seria meu dever não falar senão sobre coisas belas. Mas, enquanto habitante deste planeta, não posso senão constatar, como você também sem dúvida faz, a gravidade e o horror de certos acontecimentos. Seria uma falta de compaixão querer ignorá-los e de um angelismo bastante inocente assim afirmar: "Tudo melhorou".
Depois de uma tragédia, nossa primeira reação deve ser a assistência espiritual. Quando tomamos ciência de ter ocorrido uma tomada de reféns, um atentado, uma catástrofe natural etc., devemos, tão breve quanto possível, trabalhar espiritualmente pelas vítimas. Por mais humilde e insignificante que possa parecer este trabalho face ao drama em curso, ele tem um poder extraordinário. Em um instante, todos os nossos pensamentos se tornam forças que, unidas a todas as outras, formam uma espécie de "curativo universal" e aliviam o sofrimento. Elas são a mão que segura a de um moribundo, os braços da mãe que acalenta a criança que chora e mil outras sensações de doçura e serenidade. Cumprido este dever, conforme o local onde nos encontramos, segundo nossas convicções filosóficas, espirituais ou religiosas, deve-se seguir nas próximas horas, dias e meses, uma ação que eu qualificaria como mais exterior.
De acordo com nossos meios, nossas aptidões e o lugar onde nos encontramos, é preciso que nos esforcemos para fazer um gesto concreto de apoio às vítimas, ou com relação às causas do drama. Por exemplo, se você está próximo ao lugar de uma catástrofe ou de um atentado, ou se tem meios de chegar até lá, leve materialmente ou fisicamente seu socorro. Se você se sente mais à vontade para escrever, redija uma carta, um artigo ou um livro, nos quais você possa exprimir seu modo de pensar. Você também pode, simplesmente, tentar mudar as coisas positivamente discutindo com outras pessoas. Você pode ainda, seguramente, fazer uma doação ou, por que não, participar de uma manifestação. Para resumir, de uma maneira ou de outra, não permaneça passivo! Não aceite o inaceitável!...
Sejamos homens e mulheres de boa vontade, para que possamos dizer, enfim, um dia, em toda a verdade, sem cinismo e sem ironia: "TUDO MUDOU"...
Vilma Damásio, Piedadense, é Colaboradora do Blog Melhorias para Piedade com sua coluna Semanal: O Acaso não existe – Escritora e Professora, Vilma lançou 5 Livros que estão disponíveis para Venda no Site da AGBOOK, Clique aqui e conheça os cinco livros da Autora...

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