HISTÓRIA DA GASTRONOMIA PIEDADENSE

Feijão Guandu e a Sopa de Milho são iguarias de Piedade, no século XIX. A Professora e culinarista Regiana Caetano Ayres de Araújo, através das pesquisas do seu marido, o historiador Rodrigo Ayres de Araújo, resgatou receitas que remetem o século XIX, quando o Municipio de Piedade ainda estava em desenvolvimento.

A Sopa de Milho Verde, ainda é uma das mais tradicionais iguarias da zona rural de Piedade. Era comum, desde o período da fundação em 1840, os primeiros moradores produzirem a sopa, chamada de "Mingau", incluindo frango caipira, abobrinha e alho. Muitas vezes essa recieta era servida durante a queima do alho.

Mas, a gastronomia piedadense, destaca-se também, pela utilização do feijão guandu, nos dias atuais, esse feijão é consumido como um virado, ele nasce num arbusto, que muitas vezes é usado como cerca viva das propriedades. Na antiga Fazenda das Lavras, atual Bairro dos Leites, o feijão Guandu era servido dferente.

Era cozido e temperado com linguiça e bacon, deixando seu caldo engrossar, e servido com farofa e outras carnes, como porco e frango caipira. Essa iguaria era comum em batizados e casamentos realizados na antiga Fazenda das Lavras. Nos dias de hoje, no Bairro dos Leites, é comum encontrar vários pés de Feijão Guandu.

Com a proposta daSecretaria de Cultura do Estado de São Paulo e a ONG ABAÇAI Cultura e Arte, o Feijão guandu é apreciado nas Edições do Revelando São Paulo. Segundo Regiana, "O Feijão Guandu tem um sabor amadeirado, lembra muito lentilha, e agrada os mais exigentes consumidores, uma vez, numa edição do Revelando São Paulo em São José dos Campos, uma senhora até chorou, ao lembrar do tempo em que consumia o Feijão Guandu", o mesmo acontece com a Sopa de Milho, conclui Regiana.

Enfim, a particularidade e a sensibilidade da pesquisa, levou ao reconhecimento dos pratos como uma autêntica contribuição a Comissão Paulista de Folclore.

HISTORIA DA GASTRONOMIA PIEDADENSE com Rodrigo Araujo (Barao do Pirapora)